O Cristalino funciona como uma lente convergente que possui a função de fazer com que os raios cheguem na retina. A retina recebe esses raios e envia através dos nervos ópticos para o nosso cérebro.
Um olho normal sem problemas, possui ponto remoto no infinito e ponto próximo a 25 cm.
As
lentes esféricas constituem sistemas ópticos de amplas aplicações na
atualidade. Elas desempenham um papel um papel importantíssimo, desde os
sofisticados “LASERS” até os mais simples pares de óculos.
Podemos
defini-las como sendo um meio transparente e homogêneo, limitado por duas
superfícies curvas, ou por uma curva e outra plana.
A lente será denominada esférica, quando pelo menos
uma de suas faces o for. Em caso contrário poderá ser parabólica ou cilíndrica,
por exemplo.
Observação:
Uma
lente é delgada quando a espessura (e) for desprezível em relação aos raios de
curvatura. (e << R)
8.2 –
Classificação das lentes
Podemos
classificar as lentes quanto a dois aspectos: tipos de faces e comportamento
óptico.
FClassificação quanto as faces:
Observações:
Os
nomes das lentes segue a convenção que devemos citar em primeiro lugar a face
de maior raio de curvatura.
FClassificação quanto ao
Comportamento Óptico:
Nessas figuras consideramos que as lentes são de
vidro e estão imersas no ar (nvidro > nar), que é o
caso mais comum na prática. Nessas condições, as lentes de bordos finos são
convergentes e as lentes de bordos grossos são divergentes.
Raios
Notáveis
Assim
como foi feito para os espelhos esféricos, iremos agora descrever alguns raios
que são fáceis de serem utilizados na determinação da imagem numa lente
esférica.
Todo raio que incide
no centro óptico atravessa a lente sem sofrer desvio.
Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal
emerge numa direção que passa pelo foco.
Todo raio que
incide sob o foco emerge paralelo ao eixo principal.
Determinação
Gráfica da Imagem
De
maneira análoga ao que fizemos para espelhos esféricos iremos proceder agora
para lentes.
Determinação Analítica da Imagem
As
equações que utilizaremos para a determinação da posição e tamanho da imagem
são análogas às utilizadas no estudo de espelhos esféricos.
Regra de Sinais
p é positivo se o objeto estiver na frente da superfície (objeto real)
p é negativo se o objeto estiver atrás da superfície (objeto virtual)
p' é positivo se a imagem estiver atrás da superfície (imagem virtual)
p' é negativo se a imagem estiver na frente da superfície (imagem real)
R é positivo se o centro de curvatura estiver atrás da superfície
R é negativo se o centro de curvatura estiver na frente da superfície
Já discutimos o fato da velocidade da luz depender do
meio de propagação. A velocidade de uma dada luz monocromática assume valores
diferentes em diferentes meios de propagação tais como: vácuo, ar, água, vidro,
etc.
A
luz sofre refração quando passa de um meio para outro, modificando sua
velocidade. Em geral, a refração é acompanhada por um desvio na trajetória da
luz, conseqüência da mudança de velocidade. O único caso de refração no qual a
luz não sofre desvio é quando incide perpendicularmente à superfície de
separação dos meios S.
Os
dois meios de propagação, 1 e 2, e a superfície de separação S constituem o que
chamamos de DIOPTRO.
Nos dioptros reais, o fenômeno da refração é
acompanhado pela reflexão da luz. Assim, o raio de luz incidente na superfície
S divide-se em dois raios, um refratado e outro refletido.
É
importante também dizer que ocorre em S o fenômeno da absorção da luz, onde
parcela da energia luminosa é transformada em energia térmica, por exemplo.
No dioptro ideal
só ocorre refração da luz.
Índice de
Refração Absoluto
Seja c a velocidade da luz no vácuo e v a velocidade
da luz em um meio qualquer, definimos índice de refração absoluto (n) de um
meio a razão entre as velocidades da luz no vácuo e no meio considerado:
O
índice de refração absoluto do vácuo é naturalmente igual a 1 (v = c). Como a
velocidade da luz no vácuo é uma velocidade limite, em qualquer outro meio ela
será inferior:
v < c, logo: n
> 1
Conclusões:
FO índice de refração absoluto de qualquer meio material
é sempre maior que 1.
FQuanto maior for o índice de refração absoluto do
meio, menor é a velocidade da luz nesse meio.
Índice de
Refração Relativo
Se nA e nB são, respectivamente,
os índices de refração absolutos dos meios A e B para uma dada luz
monocromática, então definimos o índice de refração relativo do meio A em
relação ao meio B, nA,B como sendo a razão dos índices de refração
absolutos do meio A e B:
Leis de
Refração
Considerando um raio de luz monocromático incidente
numa superfície separadora de dois meios de propagação e o correspondente raio
de luz refratado. Tracemos a reta normal à superfície pelo ponto de incidência
da luz.
Temos:
RI ® Raio Incidente;
RR ® Raio Refratado;
N® Reta Normal;
i ® ângulo de incidência;
r ® ângulo de refração.
1ª
Lei: O raio de luz incidente RI, a reta normal N e o raio
de luz refratado RR estão situados num mesmo plano (coplanares)
é
importante notar que os raios de luz incidente e refratado ficam em lados
opostos em relação à reta normal.
2ª
Lei ou Lei de Snell - Descartes: É constante a relação entre os senos
dos ângulos de incidência e refração.
Podemos
escrever que:
Podemos
concluir que:
Quando a luz passa de um meio menos refringente (menor
índice de refração) para um meio mais refringente (maior índice de refração), o
raio de luz se aproxima da normal e a velocidade de propagação diminui.
Reciprocamente, quando a luz passa de um meio mais
refringente para um meio menos refringente, o raio de luz se afasta da normal e
a velocidade de propagação da luz aumenta.
Na calota da roda de um
automóvel, na bola que enfeita uma árvore de natal e em uma colher de sopa,
podemos ver nossa imagem refletida. Percebemos que essas imagens são diferentes
daquelas formadas nos espelhos planos, podem fornecer imagens aumentadas, ou
diminuídas, maiores ou menores do que o objeto.
Os espelhos esféricos são superfícies refletoras que
tem forma de calota esférica:
Temos dois tipos de espelho
esférico:
Côncavo: a superfície refletora é interna.
Convexo: a superfície refletora é externa.
Esquematicamente:
Temos:
R ® Raio
de Curvatura;
F ® Foco
do Espelho (ponto médio do eixo principal no trecho entre o Vértice e o
Centro);
C®
Centro;
V ®
Vértice;
A reta que passa por C e V é o eixo óptico principal.
Condições de Nitidez de Gauss
FOs raios de luz devem ser pouco inclinados em
relação ao eixo óptico principal;
FOs raios de luz devem incidir próximos ao
vértice do espelho.
A partir de agora estaremos,
apenas considerando os espelhos esféricos de Gauss
Raios Notáveis de Luz
Os Raios Notáveis não são os
únicos que ocorrem num sistema óptico, mas como o próprio nome diz, eles se
destacam dos outros pela facilidade de traçá-los. Nosso objetivo será desenhar
pelo menos dois deles em cada situação.
Vejamos quais são estes raios:
Todo raio que incide
numa direção que passa pelo centro de curvatura reflete-se sobre si mesmo.
Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal
reflete-se numa direção que passa pelo foco principal do espelho.
É importante saber que:
FO foco F do espelho côncavo é Real;
FO foco F do espelho convexo é virtual.
Todo raio que incide numa direção que passa pelo foco reflete-se
paralelamente ao eixo principal.
Esse raio notável decorre do
princípio da reversibilidade da luz.
Determinação Gráfica da Imagem
Para determinarmos graficamente
uma imagem, basta traçarmos dois raios quaisquer de luz entre os notáveis que
acabamos de aprender. Usaremos a notação i e o significando, respectivamente, a
medida da imagem e do objeto.
Espelho
Côncavo
(1) Objeto situado antes do
centro de curvatura C:
(2) Objeto situado sobre o centro
de curvatura C:
(3) Objeto situado entre o centro
de curvatura C e o Foco F:
(4) Objeto situado sobre o Foco
F:
(5) Objeto situado entre o Foco F
e o Vértice:
Espelho
Convexo
Neste caso temos apenas um caso:
Observação:
O espelho convexo é usado como espelho retrovisor de
motocicletas e em portas de garagens devido ao maior campo visual que oferece.
Após tudo o que vimos, podemos
tirar algumas conclusões:
FUma imagem real está localizada na frente do
espelho e poderá ser projetada sobre um anteparo (uma tela) colocada na posição
em que ela se forma, pois é constituída pela intersecção dos próprios raios de
luz.
FUma imagem virtual está localizada atrás do
espelho e, embora possa ser visualizada, não é constituída por luz e, sim pelos
prolongamentos dos raios.
Determinação Analítica da Imagem
Agora procuraremos expressar de
forma matemática algumas expressões que nos permita determinar a posição e o
tamanho da imagem.
Segundo a figura:
Equação Conjugada de Gauss
O teu Professor fará em sala de aula a demonstração da
equação, aqui apenas apresentaremos esta equação de vital importância na
óptica.
A distância focal é: f = R/2
Aumento Linear Transversal
Por definição, o aumento linear transversal A é a
razão entre a altura da imagem i e a altura do objeto o.
Quando
a luz atinge uma superfície separadora S de dois meios de propagação (A e B),
ela sofrerá reflexão se retornar ao meio no qual estava se propagando.
A quantidade de luz refletida depende do material que
é feita a superfície S, do seu polimento e outros fatores que estudaremos
adiante.
Tipos de Reflexão
Consideramos raios paralelos de luz incidente sobre
uma superfície. Ocorrerá reflexão especular ou regular se os raios refletidos
forem também paralelos entre si. Em caso contrário, a reflexão é chamada difusa
ou irregular.
A reflexão regular será predominante quando a
superfície refletora for plana e bem polida como, por exemplo, um espelho.
A
reflexão difusa ocorre em superfícies irregulares e porosas. É a difusão (ou
espalhamento) da luz, pelo próprio ar, pela poeira, pelas paredes e outros
corpos, que torna o ambiente iluminado. O céu da Terra é azul porque as
partículas de nossa atmosfera difundem mais facilmente esta cor das radiações
luminosas.
Leis dA
Reflexão
1ª
Lei: O raio de luz incidente, o raio de luz
refletido e a reta normal à superfície pelo ponto de incidência da luz estão
num mesmo plano (coplanares).
Temos:
RI ® Raio Incidente;
RR ® Raio Refletido;
N® Reta Normal;
i ® ângulo de incidência;
r ®
ângulo de reflexão.
2ª Lei: O
ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
i = r
Espelho Plano
Espelho
plano é a superfície plana polida onde ocorre predominantemente a reflexão da
luz.
Formação de
Imagens nos Espelhos planos
Observemos um ponto objeto luminoso O diante de um
espelho plano enviando luz em todas as direções, conforme indica a figura.
Repare
que a parte de trás do espelho (á direita neste exemplo) é marcada pelas
hachuras. A imagem encontrada é fruto do prolongamento dos raios refletidos,
isso caracteriza uma imagem virtual.
Propriedades dos Espelhos Planos
1ª: Se chamarmos de x à distância do objeto ao espelho, a
distância entre o espelho e a imagem será também x. Isto significa que o objeto
e a imagem são simétricos em relação ao espelho.
2ª: As
imagens formadas num espelho plano são enantiomorfas, ou seja, existe uma
inversão “direita para a esquerda”, mas não de “baixo para cima”. Assim a
imagem especular da mão esquerda é a mão direita, mas a imagem dos pés não está
na cabeça.
3ª: Ainda pelas figuras anteriores, percebe-se que um objeto localizado na
frente do espelho (real) nos fornece uma imagem que nos dá a impressão de estar
situada atrás do espelho (virtual). Logo, o objeto e a imagem são de naturezas
opostas.
4ª: Finalmente, podemos notar que o objeto e a imagem
possuem o mesmo tamanho, e, em caso de movimento relativo ao espelho, possuirão
iguais velocidades.
Campo
Visual
Campo Visual de um espelho plano é a região do espaço
que pode ser vista por um observador através de um espelho. Para determinarmos
o Campo Visual, basta tomar o ponto O’, simétrico de O, e uni-lo às
extremidades do espelho plano E.
5.4 – Associação
de Espelhos Planos
Um
espelho plano fornece apenas uma imagem de cada objeto. Porém se colocarmos o
objeto entre dois espelhos que formam um ângulo entre si, notaremos mais de
duas imagens em geral. O número de imagens é resultado de reflexões sucessivas
nos dois espelhos, e aumenta a medida que o ângulo diminui.
Observe a figura para dois espelhos com ângulo reto:
Temos
o objeto P na frente de dois espelhos E1 e E2. P1’,
P2’ e uma terceira imagem são encontradas. Ou seja, quando
associamos dois espelhos planos com um ângulo de 90º obtemos 3 imagens.
De maneira geral, determina-se o número de imagens n
utilizando-se a expressão matemática: