sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Refração Luminosa

Já discutimos o fato da velocidade da luz depender do meio de propagação. A velocidade de uma dada luz monocromática assume valores diferentes em diferentes meios de propagação tais como: vácuo, ar, água, vidro, etc.




A luz sofre refração quando passa de um meio para outro, modificando sua velocidade. Em geral, a refração é acompanhada por um desvio na trajetória da luz, conseqüência da mudança de velocidade. O único caso de refração no qual a luz não sofre desvio é quando incide perpendicularmente à superfície de separação dos meios S.


Os dois meios de propagação, 1 e 2, e a superfície de separação S constituem o que chamamos de DIOPTRO.

Nos dioptros reais, o fenômeno da refração é acompanhado pela reflexão da luz. Assim, o raio de luz incidente na superfície S divide-se em dois raios, um refratado e outro refletido.



É importante também dizer que ocorre em S o fenômeno da absorção da luz, onde parcela da energia luminosa é transformada em energia térmica, por exemplo.

No dioptro ideal só ocorre refração da luz.

Índice de Refração Absoluto
Seja c a velocidade da luz no vácuo e v a velocidade da luz em um meio qualquer, definimos índice de refração absoluto (n) de um meio a razão entre as velocidades da luz no vácuo e no meio considerado:


O índice de refração absoluto do vácuo é naturalmente igual a 1 (v = c). Como a velocidade da luz no vácuo é uma velocidade limite, em qualquer outro meio ela será inferior:

v < c, logo: n > 1

Conclusões:

F O índice de refração absoluto de qualquer meio material é sempre maior que 1.

F Quanto maior for o índice de refração absoluto do meio, menor é a velocidade da luz nesse meio.

Índice de Refração Relativo
Se nA e nB são, respectivamente, os índices de refração absolutos dos meios A e B para uma dada luz monocromática, então definimos o índice de refração relativo do meio A em relação ao meio B, nA,B como sendo a razão dos índices de refração absolutos do meio A e B:



Leis de Refração
Considerando um raio de luz monocromático incidente numa superfície separadora de dois meios de propagação e o correspondente raio de luz refratado. Tracemos a reta normal à superfície pelo ponto de incidência da luz.


Temos:
RI ® Raio Incidente;
RR ® Raio Refratado;
N® Reta Normal;
i ® ângulo de incidência;
r ® ângulo de refração.


1ª Lei: O raio de luz incidente RI, a reta normal N e o raio de luz refratado RR estão situados num mesmo plano (coplanares)

é importante notar que os raios de luz incidente e refratado ficam em lados opostos em relação à reta normal.

2ª Lei ou Lei de Snell - Descartes: É constante a relação entre os senos dos ângulos de incidência e refração.

Podemos escrever que:


Podemos concluir que:

Quando a luz passa de um meio menos refringente (menor índice de refração) para um meio mais refringente (maior índice de refração), o raio de luz se aproxima da normal e a velocidade de propagação diminui.

Reciprocamente, quando a luz passa de um meio mais refringente para um meio menos refringente, o raio de luz se afasta da normal e a velocidade de propagação da luz aumenta.





Mago da Física - Refração


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